Oi galera do colaboratório!
Ufa! Finalmente estou conseguindo enviar notícias aqui do Rio.
Então, acabamos por produzir uma vídeodança chamada "Os sentidos do prazer: movimento no. 2". A idéia de pesquisar sobre os sentidos do prazer vai se estender por bastante tempo, uma vez que inaura uma nova fase dentro do meu percurso de criação. E esse trabalho, cuja idéia original surgiu durante a residência do colaboratório, ano passado, com a ajuda de todos vocês, significa uma primeira materialização desse processo de investigação. Colocamos no nome, movimento no. 2, porque pretendemos seguir investigando e criando sobre esse tema sem que fiquemos presos a uma cronologia linear.
Os trabalhos aqui tem corrido super bem. Reuni uma equipe de criação muito bacana que se envolveu totalmente pela idéia. O ambiente de criação fluiu sempre com muito prazer e todos puderam expressar-se plenamente. Acho que criamos um trabalho bem bonito e delicado.
As gravações da vídeodança aconteceram domingo e segunda passados. No sábado preparamos o estúdio, pintamos tudo, organizamos comidas, bebidas, incensos, etc... Antes disso tivemos reunidos numa "imersão" criativa desde 12 de março. Antes disso ainda, eu e Giorgio Ronna, orientador de pesquisa, montamos um super projeto sobre os sentidos do prazer, durante o mês de janeiro.
Durante os praticamente 3 dias que ficamos "morando" no estúdio do Guilherme Rodrigues, diretor de fotografia, o Daniel Britto, compositor da trilha original e dj, cuidou da música que nunca parou, construindo assim um clima e ambiente "mágicos" para as gravações.
Tivemos a visita do "super dj" Mathias Aguayo, que nos falou coisas incríveis sobre o prazer, de criar, da música, de viver....
Também troquei emails com o nosso amigo Xavier Le Roy desde que terminamos a primeira parte do colaboratório. Foi bacana porque criamos um laço afetivo/criativo, trocando textos, letras de música, etc, durante todo o processo criativo. É bom poder retomar qualidades específicas de afeto e troca que as vezes ficam enterradas na nossa infância e adolescência.
Antes de entrarmos para o estúdio combinamos que desde o momento que pisássemos pela primeira vez no espaço, todos já estariam em cena. E foi o que rolou.
O Paulo Mendel, diretor/coreógrafo e a Mariana Abasolo, diretora de arte, quase que viraram intérpretes, pois as cenas foram sendo montadas quadro a quadro, sendo que o "cenário" foi sendo desenhado com fitas adesivas da cor da pele e a coreografia foi sendo construída sempre em relação aos desenhos criados. Isso fez com que criássemos uma dinâmica constante de construir e desconstruir em grupo.
Foi uma experiência bem diferente pra mim, particularmente, que vivi esses 3 dias nua, sendo que todos os outros integrantes da equipe estavam de roupa. Foi divertido e, no fim, todo mundo estranhou de me ver de roupa novamente. Pensamos até em fazer um laboratório, sair para dançar em alguma casa noturna aqui do Rio, comigo nua, é claro.
Acho que resgatei meu lado criança. Aliás, não só meu lado criança como minhas origens indígenas. Vivendo em um lugar muito quente, a melhor coisa mesmo é ficar sem roupa!!!
O Lucas Rodrigues, editor do trabalho, tb ficou fazendo o making of, que certamente gerará outro vídeo, pois temos imagens muuuito legais do que aconteceu em paralelo.
Bem, agora estamos na fase de edição. Mais horas e horas na madrugada para finalizar o trabalho.
Espero que esteja tudo bem por aís.
Um grande beijo pra todos e até breve.
Andrea.
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